sábado, 6 de novembro de 2010

Justiça manda prefeitura adequar prédios a deficientes

A Justiça proferiu decisão favorável, por meio de antecipação de tutela, a uma Ação Civil Pública impetrada pelo MPE (Ministério Público Estadual) contra a prefeitura de Campo Grande, por descumprimento da lei da acessibilidade.
O objetivo da ação é obrigar o município a cumprir a lei municipal n. 3.670, de 29 de outubro de 1999, que obriga espaços urbanos, logradouros, edifícios públicos ou abertos ao público a oferecer estrutura adequada a pessoas com limitações físicas.
A lei estipulou em 30 meses o prazo para as adequações, a partir de outubro de 1999. Após este prazo, a secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano deveria tomar as providências sob pena de receber advertência, multa, interdição do estabelecimento, e até cassação do alvará de funcionamento.
Este ano, a lei completou dez anos sem que essas providências fossem tomadas.
Segundo a promotora de Justiça Cristiane Barreto Nogueira Rizkallah, o descumprimento da lei por parte do punicípio acarreta em um grande número de reclamações na 44ª Promotoria de Justiça.
“Se o Ministério Público ajuizasse uma ação civil pública para cada estabelecimento que desobedecesse a legislação vigente, iria sobrecarregar o Judiciário com demandas pontuais estendendo o problema durante incontáveis anos”, detalhou.
Por Fernanda França
 
Minha opinião:
Infeliz a declaração da Promotora de Justiça Cristiane Barreto, já que o MP não vai ajuizar ação para cada problema, nós que pagamos o "pato" e, sem acessibilidade garantida por Lei.
Pra que serve o MP então?
 
Adriano Garcia

domingo, 8 de agosto de 2010

ANO DE ELEIÇÕES, CUIDADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Pensem bem em quem votar, nós somos responsáveis pelo Brasil que temos.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Conscientização e Comportamento

Todos nós reclamamos e nos sentimos no direito de criticar tudo e todos, principalmente quando estamos em meio às rodas de bate-papo. No dia-a-dia somos pegos à todo instante falando e ensinando o certo, o correto, o que tem que ser, como tem que ser e muito mais. Faz parte da cultura do ser humano, mas, principalmente do brasileiro, de se achar o mais esperto, o mais “descolado”, o malandro do bem.
Afinal, quem nunca se utilizou de uma pequena “malandragem” para levar vantagem em alguma situação?
Em uma cultura onde a educação é, de longe, a menos privilegiada pelo poder público, como educarmos nossos filhos em um mundo socialmente desigual e mais ainda, em uma sociedade que preza a ascensão social e financeira à qualquer custo?
No pacote de apresentação do ser humano, a honestidade passou a ser uma ferramenta de qualidade de marketing pessoal, mas, principalmente, um item subjetivo na vida das pessoas, ou seja, não importa o que esteja fazendo, mas, se não está prejudicando alguém (diretamente), não tem problema. Vira e mexe nos deparamos com a famosa frase: Ele rouba, mas, faz!, ou seja, ele é desonesto, mas, ajuda, faz alguma coisa pelo bem social, pela comunidade, pelo povo, etc.
Me atrevendo à uma reflexão mais simplista, o que muitos gostariam e poucos buscam deveria ser uma interação pura e verdadeira entre a conscientização e o comportamento das pessoas, seja na política, na vida social, na educação e assim por diante.
Por muitas vezes, ao nos depararmos com situações desconfortáveis, como motoristas parados em fila dupla, isso incomoda muito, atrapalha o fluxo do trânsito, reclamamos! No entanto, logo à frente, somos nós que estamos parados em fila dupla, ou seja, quando as más atitudes partem de outros nos sentimos agredidos em nossos direitos, porém, quando somos nós que cometemos infrações, por menor que seja, achamos normal.
Essa é a diferença entre conscientização e comportamento, por muitas vezes, somos ou ficamos conscientes dos atos que não se devem cometer, em contrapartida, não nos comportamos condizentemente com nossa conscientização. Vemos a todo instante um motorista ocupar uma vaga destinada à pessoas com deficiência sem ter qualquer deficiência, na maioria das vezes, dizem: é só por um minutinho! Quer dizer que o motorista tem a consciência, mas, não aplica o comportamento condizente ao seu dia-a-dia.
Todos tem consciência que não se pode dirigir alcoolizado, mas, não põe em prática o comportamento correto, no entanto, ao se envolver em algum acidente onde a outra parte se encontra alcoolizado, pronto, se enche de razão, mas, se esquece que comete o mesmo erro, só deu a sorte de não se envolver em acidente.
Mudando o foco para nossos políticos, alguém tem dúvidas de que eles além de conscientes, efetivamente, praticam o comportamento?
É verdade, todos sabem sobre o mal que a corrupção causa à sociedade, no entanto, muitos cometem este comportamento repulsivo. Todos sabem que desviar verbas da saúde é, além de crime, um comportamento desumano, mas, muitos cometem tal comportamento.
Este ano temos eleições, todos sabem que candidatos necessitam de votos, todos tem essa consciência, e depois de eleitos? Se comportam como legítimos representantes do nosso voto?
Isso nos mostra que consciência e comportamento deveriam, obrigatoriamente, caminhar juntos em nossas vidas. De nada adianta termos consciência e não nos comportarmos condizentemente, fazendo a integração dessas duas características.
A necessidade de mudarmos nossos hábitos torna-se um desafio constante e diário em nossas vidas, de nada adianta termos a tal da conscientização se não nos comportarmos para colocar em prática essa consciência.
Vejam algumas situações antagônicas que cometemos no dia-a-dia:
Cobramos educação, mas, não a colocamos em prática;
Culpamos a cultura, mas, sabemos que não é conveniente agir de forma diferente à cultura que aí está;
Subornamos e somos subornados quando nos pegam cometendo infrações de trânsito;
Falamos ao celular quando estamos dirigindo, mesmo sabendo que estamos correndo riscos e colocando outros em risco;
Votamos em candidatos que, sabidamente, compram votos;
Os cidadãos saqueiam cargas em acidentes, no entanto, não veem esta atitude como roubo.
Enfim, acho que temos consciência o bastante para discernirmos entre o certo e o errado, mas, não nos comportamos puramente entre o certo e o errado, nos comportamos entre a conivência e a conveniência, diante estes deslizes de comportamento temos a consciência de vivermos em um País muito rico, onde a riqueza é distribuída entre meias, cuecas e sacolas.
Infelizmente temos um tipo de consciência na vantagem e um comportamento na desvantagem ou o contrário.
Nas próximas eleições vamos ser mais conscientes e nos comportarmos com inteligência diante as urnas. Quem sabe assim, teremos um mundo um pouco melhor.

Adriano Garcia
Méd. Veterinário, cadeirante e cidadão

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Prefeito preconceituoso e dissimulado!

Em relação a professora Telma Nantes, cega, que passou em concurso e foi discriminada, sofreu preconceito, foi humilhada, enganada e agora na hora de assumir o cargo, tem que se sujeitar aos caprichos do prefeito. Ela entrou na justiça pedindo indenização de R$ 120 mil, valor que não paga o que ela passou.

O prefeito quer que ela retire a ação para poder ser nomeada, absurdos e mais absurdos desse prefeito preconceituoso e desrespeitoso quando o assunto é a Acessibilidade.

Segundo Nelsinho, a questão virou judicial e que a professora será nomeada caso desista da ação judicial. “Eu pensei que ela quisesse trabalho, agora ela está agindo como alguém que quer indenização”, afirma Nelsinho.

Ela quer indenização por ter sido discriminada, se não tivesse sido discriminada, não estaria na justiça. Acho que ela tem que seguir na justiça e ser nomeada, caso contrário, estará cedendo à mais um ato de discriminação e coação por parte do prefeito Nelson Trad Filho.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

CENSO SEM BOM SENSO?

Infelizmente, mais uma vez as pessoas com deficiência ficarão à margem do censo realizado pelo IBGE, que declarou recentemente que, o questionário para levantamento das pessoas com deficiência somente será realizado por amostragem, ou seja, a cada dez residências visitadas serão questionados e levantados os dados sobre as pessoas com deficiência.
Nem a Luciana de "Viver a vida" sensibilizou o poder público para as causas da acessibilidade, sem críticas à novela, mas, deficiente, linda, milionária e do projac (Globo) não serve de referência para a realidade dos milhões de deficientes existentes até o censo de 2000 (IBGE), caso não haja mudança no sistema de questionários do IBGE não saberemos ao certo quantos somos, isso levará à erros de planejamento e liberação de verbas diminuidas para assuntos que envolvam a acessibilidade em nosso país.
É hora de pressionarmos e, buscar lá no fundo, nossa conscientização de cidadania e civilidade. Caso contrário, o censo de 2010 "desaparecerá" com muitos de nós!
Falta de sensibilidade com o censo...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tá reclamando de que???

Tá Reclamando do Lula? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci? do Delúbio? Da Roseanne Sarney? Dos políticos distritais de Brasília? do Jucá? do Kassab? Dos mais de 300 picaretas do Congresso Nacional? E você?

Brasileiro Reclama De Quê?

O Brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo.... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E quer que os políticos sejam honestos...
Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!

Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
Amigos!
A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes!

Autor Desconhecido

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cinemark faz acordo com MPE para garantir acessibilidade

Acordo firmado entre o Ministério Público Estadual e a Rede Cinemark prevê a adaptação das instalações às normas de acessibilidade a pessoas com deficiência. O acordo, cujo nome jurídico é Termo de Ajustamento de Conduta, é fruto de inquérito aberto pela promotora Cristiane Rizkallah para apurar a inadequação do prédio.
Foram quase cinco meses para chegar ao TAC. Nesse tipo de instrumento jurídico, caso o combinado não seja cumprido, pode haver ação civil pública contra o Cinemark.
As conversas começaram em janeiro deste ano, quando o Cinemark iniciou uma reforma e a promotora viu nela a oportunidade para garantir as adequações do prédio ao decreto nº 5.296/2004. Ele prevê que cinemas, casas de espetáculos, auditórios e outros estabelecimentos devem garantir espaço de sua lotação para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, próximos aos corredores, devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de público e obstrução das saídas.
As alterações serão realizadas em duas etapas. A primeira, no saguão do Cinemark, tem prazo até junho deste ano para ficar pronta, e inclui sinalização em braile, rebaixamento do balcão para venda de ingressos e de alimentos, disponibilidade de intérprete de libras, entre outras medidas. Para as obras nas salas, a rede de cinemas recebeu prazo até agosto para apresentar o projeto das intervenções. O prazo para a execução das obras será definido em nova reunião com o MPE.
Problema comum - Segundo a promotora que cuida do caso, apesar de a legislação de acessibilidade existir há bastante tempo, poucos estabelecimentos públicos ou privados estão cumprindo as regras de acessibilidade. Muitas vezes, afirma, são medidas simples e altamente realizáveis, mas que fazem a diferença para o cidadão. “Está sendo comum a falta de consciência das pessoas e a deficiência na fiscalização da Prefeitura, e raro está sendo o contrário. E as casas de espetáculo e auditórios não estão fazendo parte das exceções”, afirma.
A promotora cita o Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo como outro local com graves problemas de acessibilidade. “Enquanto os administradores públicos e os empresários não se conscientizam disso, e não promovem as adequações legais aos edifícios de suas sedes, o Ministério Público acaba tendo a dura missão de procurar consertar cidades mal construídas, chamando a atenção para esse sistema que exclui as pessoas”, observa. Para o Centro, que abriu ontem licitação para obras, ainda não há investigação aberta pelo MPE.

Por Marta Ferreira

Desrespeito flagrante em nossa Capital

O desrespeito do cidadão Campograndense ainda é impressionante e lamentável, neste domingo (18/04) saí com minha família para almoçarmos fora, fomos à Masseria, na avenida Afonso Pena, o restaurante até que tem rampa de acesso à cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, no entanto, ainda temos que nos conformar com as mesas que não são adaptadas. O pior de tudo, é o que as fotos mostram, motoristas desrespeitam sem vergonha alguma as guias rebaixadas nas calçadas. Todas essas fotos são na esquina da Masseria.
Em seguida, seguimos ao Palácio Popular da Cultura, fomos levar meu filho e sobrinho para que pudessem assistir uma peça teatral infantil, mais uma vez, fomos surpreendidos pela falta de respeito à sinalização e às Pessoas que dependem de vagas especiais, vejam as fotos em frente ao Palácio da Cultura, que também, não tem Acessibilidade para nós cadeirantes assistir uma peça em local adaptado.
Esse é o legado que um Prefeito preconceituoso e que não toma as devidas providências está deixando aos Campograndenses.
Infelizmente é assim que pessoas sem consciência, respeito e acima de tudo, educação, agem em nossa capital morena.

Prefeito Nelsinho Trad mostra seu lado Preconceituoso

Em relação ao caso da Pedagoga Telma Nantes, o prefeito Nelsinho Trad desferiu essa pérola: “Não temos preconceito, queremos aproveitar a professora, cartas de repúdio não param de chegar à Prefeitura. Eu considero difícil uma professora cega cuidar de 15 a 20 alunos. Algum de vocês [repórteres] teria coragem de deixar filho pequeno com uma professora cega? Ela é inapta, mas quero aproveitar, não quero desprezar e vou chamá-la para conversar. Acho que cuidar de 1 a 2 alunos não seja comprometedora”.

Os maiores cegos fomos nós, ao eleger um hipócrita e desrespeitoso sujeito que nem vergonha tem, principalmente com a população de Pessoas com Deficiência.
Infelizmente, para nós deficientes, isso não é novidade, não é a primeira vez que o prefeito comete o crime de preconceito e discriminação. No final de 2007, ele criou a Coordenadoria de Acessibilidade e chegou a dar posse ao Binho (tetraplégico), tirou fotos para a imprensa e, depois, deu um "pé na bunda" do Binho. Este, que nem chegou a ter um local para trabalhar, simplesmente abandonou o Binho.
Agora, mais uma vez, mostra seu lado arrogante, preconceituoso e desrespeitoso, teria que ser processado por discriminação e preconceito.
Os grandes Deficientes dessa história somos nós, pois, elegemos um prefeito que não merece nosso respeito e, muito menos, o nosso VOTO!
Acorda Campo Grande!!!!!

sábado, 17 de abril de 2010

SEXO SOBRE RODAS

Quando você vê alguém em uma cadeira de rodas, logo imagina que aquela pessoa não tem uma vida sexual ativa e saudável, pensa que nada da cintura para baixo “funciona”, certo?
Errado!

É comum para quem não tem nenhum tipo de limitação física e também não convive com cadeirantes, imaginar que eles não desfrutem de uma vida sexual como a de um “andante”. O pensamento da maioria das pessoas gira em torno do movimento do corpo e, quando alguém não pode andar, também não pode usar o que fica da cintura para baixo. O professor universitário de educação física, Rodrigo Tadeu Silva Ferreira, que em 2008 completa 11 anos de lesão na medula, explica que a limitação física e a cadeira de rodas trazem a falsa impressão de inatividade e monotonia. “Mas no meu caso não, eu tenho boa mobilidade e sou bem habilidoso sexualmente falando”, garante o professor.

Rodrigo, hoje com 35 anos, era ginasta quando ao realizar um salto duplo mortal para frente, caiu e deslocou as vértebras cervicais. Ele, que já era formado em educação física, enfrentou cirurgias e muitas sessões de fisioterapia. Hoje mora sozinho e realiza todas as tarefas do dia-a-dia sem o auxílio de outras pessoas. Deixou de trocar passos para tocar as rodas. “Faço tudo sozinho, sou independente. Vou para festas, dou aulas na faculdade, namoro, estudo. Toco minha vida sobre rodas numa boa”, conta Rodrigo.

A psicoterapeuta e psicodramatista Magda Gazzi, explica que nos homens o desejo sexual permanece inalterado após uma lesão, mas a vida sexual depende de muitos outros fatores além de somente estímulos físicos como, toque, beijos ou carícias. A forma como se pensa o sexo passa a ser muito importante, os sabores, os cheiros, os sons, todo o clima que antecede o ato sexual passa a ser extremamente importante. “A ereção depende do nível da lesão e se é ou não completa. Os estímulos visuais, por exemplo, responsáveis pela ereção psicogênica, passam a ser muito importantes já que nem sempre o corpo responde de imediato ao toque”, explica Magda. Após uma lesão, é comum perceber a ereção dificultada, sensibilidade diminuída e até ausência de ejaculação. “Existe uma cultura machista que sinônimo de masculinidade e virilidade é ter pênis ereto e penetrar a mulher. Com o tempo descobri que ser homem é muito mais que isso e que não é ‘pau duro’ que as mulheres querem e sim um homem no modo de ser completo”, esclarece Rodrigo, que além de professor é campeão de natação e atletismo em jogos paradesportivos.

A ejaculação é um processo fisiológico e o orgasmo é um processo sensitivo, portanto, pode haver orgasmo sem ejaculação e ejaculação sem orgasmo. “Ocorrem quase ao mesmo tempo, mas não são a mesma coisa”, garante a psicoterapeuta Magda Gazzi. A lesão afeta todo o corpo, inclusive a função sexual. Assim é necessário inventar e descobrir novas formas de amar, com muito carinho e cumplicidade tudo se resolve. “O toque, os beijos, o calor do corpo, os lábios, a língua e as carícias tornaram-se ferramentas importantes e, apesar de existir a penetração ela não o principal”, complementa o engenheiro de software e técnico de sistemas Hélio Araújo Portela, 38 anos, há 18 lesado medular.

E nas meninas?

Várias mulheres com lesão permanecem férteis e capazes de gerar um bebê. A menstruação geralmente pára logo após a lesão, mas o ciclo menstrual volta ao normal em no máximo um ano. Depois desse período a mulher pode engravidar, desde que realize o acompanhamento médico e se atente a alguns pequenos cuidados. O risco de infecção urinária, por exemplo, é maior. Alguns estudos na área mostram que elas demoram mais tempo para alcançar o orgasmo, mas ainda que ele seja uma sensação de prazer intenso, a satisfação sexual em si não requer orgasmo. “Depois do acidente, percebi que era preciso adquirir habilidade para outros pontos de sensibilidade. Aprendi que meus seios estavam super sensíveis, as orelhas, pescoço até as mãos ficaram mais sensíveis”, confirma Bianca Kallil, 26 anos, designer de móveis que sofreu um acidente de carro aos 19. “Nas mulheres, a resposta sexual funciona da mesma maneira que nos homens, porém, como não tem ereção declarada, fica “mais fácil” manter o relacionamento sexual. Porém tudo depende muito do nível da lesão, tanto nos homens quanto nas mulheres”, afirma Magda Gazzi, que também é colaboradora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O projeto destina-se à assistência, ensino, pesquisa e prevenção dos transtornos da sexualidade, bem como a serviços junto à comunidade.

Além de todas as técnicas físicas para dar e sentir prazer existem ainda as evoluções da ciência, que possibilitam uma maior qualidade para o ato sexual, por exemplo, as pílulas a base de sildenafila, como Viagra, Levitra e outros usados no tratamento da disfunção erétil no homem. “O medicamento melhora o que já existe, há necessidade de existir excitação, desejo e um esboço de ereção para que tenha o efeito esperado. Ele não provoca essas sensações, isso é da pessoa, da situação”, explica Rodrigo. “Sem o remédio dá pra levar, mas com ele a qualidade da transa é outra”, afirma o estudante de Letras, João Manuel Ardigo, 37 anos, autor de dois livros que contam sua trajetória de recuperação após ser atropelado por um caminhão há 11 anos.

O prazer que vem do sexo acontece de muitas maneiras diferentes. A experiência de novas táticas associadas a boa comunicação entre os parceiros são as chaves para uma vida sexual satisfatória, em todos os casos. É possível viver bem numa cadeira de rodas e com qualidade, nem tudo é 100% bom ou 100% ruim. “Quando me perguntam como é estar na cadeira, digo que eu gosto e eu tenho de gostar porque poderia estar pior. Muita gente fica pasma pensando que sou louco, mas na verdade é ela que me leva aos lugares. Penso na cadeira de rodas como um objeto que traz benefício e não como muitos enxergam como algo ruim e assustador”, conclui Rodrigo.
Uma vida nova
A incidência de lesões medulares traumáticas no Brasil é alta. Estima-se que ocorram cerca de 11.300 novos casos por ano. São muitas as formas de acidentes causadores desse tipo de lesão, as mais comuns são acidentes no trânsito, armas de fogo e desajeitados mergulhos em rios, piscinas ou lagos muito rasos. Quando a medula espinhal é afetada por problemas como tumor, hemorragia, infecções, acidentes vasculares entre outros, a lesão é chamada de não-traumática. Após um ferimento na medula, a pessoa perde os movimentos do nível do local afetado para baixo, pode ser uma paraplegia (paralisação de pernas, tronco e órgão pélvico) ou tetraplegia (paralisação de braços, pernas, tronco e órgão pélvico). A lesão ainda pode ser completa ou parcial. “A completa é considerada definitiva, pois o paciente perde todas as funções sensitivas e motoras abaixo do local afetado. Já a parcial pode ser reversível, já que o paciente pode ter algum movimento voluntário ou sensação abaixo da lesão”, explica o professor doutor em neurocirurgia, Adelmo Ferreira.
A medula espinhal é como um fio elétrico, às vezes é possível reconectar os cabos, mas em alguns casos, eles são irremediavelmente danificados, como se tivessem sido cortados com uma tesoura, ela regula não só as funções motoras, como as respiratórias, circulatórias, excretoras, sexuais e térmicas. Por isso o processo de reabilitação é longo e um desafio para profissionais e para o próprio paciente. “No começo há uma confusão de sensações, ficamos decepcionados com isso. Tentamos adivinhar o que estamos sentindo e, às vezes não sentimos nada. Nessas adivinhações algumas acertamos, mas a maioria, erramos. O tempo ensina a viver com a nova situação, tirando dela o que há de melhor”, declara o professor Rodrigo Tadeu.

Por Fernanda Pereira

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aprenda a tirar as medidas da sua cadeira

Como escolher as medidas corretas na hora de se comprar uma cadeira de rodas? Baseado nisso, apresentamos um pequeno guia de como tirar você mesmo as medidas da sua cadeira.
É necessário conhecermos nosso corpo muito bem, como ele se comporta após a lesão, seu nível de equilíbrio, se você é para ou tetra, enfim, essas variáveis que você vai medir “mentalmente”. É importante que você teste seus limites, e faça isso várias vezes, em diferentes situações, com a cadeira em movimento, com ela parada, se imaginar em situações de transferência, tudo isso é muitíssimo importante na hora de decidirmos algumas medidas. Caso ainda não tenha essa opinião formada, agora é o momento para começar a exercitar essas percepções. Independente de você comprar uma nova cadeira.
Existem terapeutas especializados em cadeiras, geralmente terapeutas ocupacionais com especialização em adequação postural. Se você nunca passou por uma consulta com um profissional desses, é altamente recomendável que você o faça. Nos grandes centros de rehabilitação, com um pouco de espera, se consegue uma consulta dessas até de graça. Na AACD SP, por exemplo, é feita uma avaliação com uma assistente social que vai dizer o quanto você pagará pela consulta, ou se ela será gratuita. As unidades das rede Sarah também fazem esse serviço. Algumas lojas especializadas fornecem essa consulta grátis caso compre a cadeira com eles.
Bem, passada essa parte mais burocrática da coisa, vamos às medidas da cadeira propriamente dita.
Nos diagramas abaixo, vemos uma cadeira mobobloco. Segundo a ordem alfabética temos:

A – Largura do assento
B – Profundidade do assento
C – Altura do assento ao chão – dianteira
D – Altura do assento ao chão – traseira
E – Altura do assento ao apoio de pés
F – Altura do encosto
G – Ângulo do encosto
H – Centro de gravidade das rodas traseiras
I – Largura inferior do apoio de pés
J – Cambagem (inclinação da roda traseira)
K – Distância da roda ao quadro
L – Ângulo de inclinação da parte frontal da cadeira

Explicaremos todas as medidas abaixo, porém gostaríamos de salientar que os fabricantes nacionais não utilizam todas as medidas desse gabarito, portanto é sempre recomendado que você utilize a ficha de prescrição fornecida pelo fabricante. Em caso de dúvidas, não hesite em ligar para a fábrica e perguntar. Se você não se sente seguro o suficiente, procure ajuda especializada, afinal você está adquirindo uma cadeira e suponho que vá passar muito tempo sentado nela.
A – Largura do assento

Deve ser medida com a pessoa sentada na cadeira, na região mais larga do seu quadril (abri esse parênteses, pois foi questionado se poderia ser tirada a medida deitado). Leve em conta a sua preferência, mas no geral essa medida deve ser justa, caso você saiba que possa vir a ganhar peso facilmente, calcule essa medida com uma folga, lembrando que essa é a medida que vai influenciar na largura total de sua cadeira, ou seja, quanto mais larga, maiores serão as dificuldades para passar em portas e outros lugares onde costumamos entalar.

B – Profundidade do assento

A profundidade do assento é uma medida que vai depender da sua altura. Ela também influi no modo com que suas pernas ficarão posicionadas: em teoria, assento mais curto tende a deixar as pernas abertas e assento mais profundo tende a deixar as pernas mais juntas, lembrando que isso é teórico e pode não ser uma verdade para todos. A profundidade é importante para uma distribuição de peso mais uniforme sobre a almofada do assento. Se você tem problemas com úlceras de pressão, pense nisso. Leve em conta o seu gosto também.

C – Altura frontal do assento ao chão

Essa medida, o nome já diz tudo né? Acredito que aqui não serão necessárias muitas explicações, porém é importante salientar que essa medida é que vai definir em que altura seus joelhos ficarão, ou seja, ela indica se você vai ter facilidade de entrar embaixo de certas mesas. Pessoas com mais de 1,80m devem ficar atentas a essa medida, e eu sou prova disso, pois já tive uma cadeira que não entrava embaixo da mesa da minha própra casa (confiei no vendedor de cadeiras e me ferrei).

D – Altura traseira do assento ao chão

Assim como a medida acima, ela também é auto-explicativa, mas aqui temos um detalhe importantíssimo: a diferença entre essas duas medidas. É recomendável que exista uma diferença, com a frente mais alta que a traseira, e essa diferença recebe o nome de TILT. com a altura traseira um pouco mais baixa, seu assento terá uma inclinação, que lhe dará estabilidade e equilibrio, pois você ficará mais “encaixado” no assento. Até mesmo algumas cadeiras que não são feitas sob medida têm uma diferença. Mínima, mas têm. É complicado falar em números, pois mais uma vez é preciso saber se a pessoa gosta disso, mas no geral 5cm de tilt é algo que podemos deixar como padrão. Eu, pessoalmente, utilizo 10cm de tilt em minha cadeira. Na hora que alguém freia bruscamente a cadeira, essa medida evita que a força da inércia te jogue pra frente. Uma cadeira com a traseira mais baixa também pode possibilitar que você consiga até colocar a mão no chão e pegar objetos que caíram, o que pode ser muito benéfico.
E – Altura do assento ao apoio de pés

Aqui temos que tomar cuidado e medir muito bem, pois o apoio não deve ficar abaixo do ideal, isso pode até lhe trazer alguma deformidade. E se ficar alto, pode forçar muito devido ao excesso de peso de suas pernas podendo ocasionar incômodos, além do que isso lhe deixará com as pernas mais abertas também.
F – Altura do encosto

É mais do gosto da pessoa. O ideal é que não ultrapasse a altura da sua escápula, deixando seu tronco livre para fazer movimentos de giro e facilitando o toque da cadeira.Verifique se não existe nenhum problema com sua coluna, pois a dor nas costas pode ser devida a um mau acerto de altura ou ângulo de inclinação do encosto. Quanto mais baixo, mais liberdade você terá, até mesmo para a sua função pulmonar. Sua cadeira não é pra ser a “poltrona da vovó” (larga, alta…) , mas um encosto mais alto dá mais suporte. Avalie bem suas condições físicas antes de mudanças radicais e, se puder, escolha uma cadeira com a altura do encosto regulável.
G – Ângulo do encosto

Aqui também não temos muito mistério. Há quem prefira ficar com o tronco mais ereto e quem goste de ficar um pouco reclinado, eu utilizo 92 graus, inclinado levemente para frente. Assim, com o peso das minhas costas, o encosto cede um pouco me deixando na posição que eu gosto. Se você escolher 89 graus, sua cadeira ficará um pouquinho reclinada para trás levando sempre em conta o laceamento do encosto, Ah! se seu encosto for do tipo rígido, não conte com o fator dele lacear.
H – Centro de gravidade / posição das rodas traseiras

Essa medida é muito importante e pouco levada em consideração pela grande maioria devido a falta de conhecimento. De acordo com a posição das suas rodas traseiras, mais à frente ou atrás, a cadeira fica mais fácil de tocar, pois distribue-se melhor o peso. Ela também é responsável por deixar a cadeira mais fácil de empinar, e é preciso cuidado nessa hora pois uma medida errada pode deixar a cadeira muito perigosa e você terá que utilizar rodas antitombo que impedirão que a cadeira vire para trás. Eu acho que empinar é um mal necessário, e a Bianca até já escreveu um post sobre isso. Considerando uma cadeira padrão de 40×40cm de largura e profundidade, para um cadeirante ativo, é recomendado no mínimo 4cm de avanço do centro de gravidade.
I – Largura inferior do apoio de pés

Os fabricantes nacionais não fornecem essa opção, ou seja, a sua cadeira poderá ter essa largura igual a largura do assentou OU com uma diferença de alguns centímetros apenas, o que na minha humilde opinião deixa o apoio de pés muito largo fazendo que nossos pés fiquem devidamente acomodados. Isso evita espasmos, e que seu pé vá para frente em um terreno mais acidentado.
J – Cambagem (inclinação da roda traseira)

É o ângulo de inclinação das rodas traseiras, em cadeiras utilizadas para a prática de esportes é muito comum vermos as rodas inclinadas, pode-se optar por uma pequena inclinação, mas lembramos que isso aumenta a largura total de sua cadeira.
K – Distância da roda ao quadro

Eu nem deveria falar dessa medida aqui, pois desconheço a existência de algum fabricante nacional que utilize essa medida, é basicamente a distância entre a roda traseira e a lateral da cadeira, essa medida também afeta a largura total da cadeira e sempre recomdendamos que ela seja a menor possível. Não estranhe se não encontrar essa medida nos formulários de prescrição, mas a medida que vem padrão é aceitável.
L – Ângulo de inclinação da parte frontal da cadeira

Aqui será definido o modo que desejamos deixar nossas pernas, se você prefere ficar com o joelho completamente dobrado, escolha 85 graus, mas se isso lhe causa algum desconforto você pode abrir mais o ângulo, lembrando que isso deixará o comprimento total de sua cadeira um pouco maior. Os fabricantes nacionais não fazem cadeiras com mais de 85 graus de inclinação.
Toda cadeira nova tem um tempo mínimo para adaptação (principalmente quando se sai de uma com medidas padronizadas para uma personalizada), quando sai sentei na minha primeira cadeira sob medida, achei muito estranho, mas em poucas semanas já estava me entendendo com ela. Acho que o mais importante foi escrito aqui, o guia não está perfeito, mas já ajuda a esclarecer muitas dúvidas. Em breve teremos posts referentes a acessórios e outros opcionais que uma cadeira possa ter.

Fonte: Christian Matsuy http://maonarodablog.com.br

quinta-feira, 8 de abril de 2010

SÉRIE COMPARAÇÃO

Bicicleta Aro 26 Caloi 100 21 Marchas - Prata

Uma bicicleta em alumínio, com selim esportivo e alavanca de câmbio do tipo Grip System. A Aluminum é ideal para um passeio no parque, na cidade, na praia ou em terrenos pouco acidentados.
-Quadro: em aluminium 6061 T6 - super resistente
-Garfo/Suspensão dianteira: aço carbono
-Guidão: MTB - aço carbono
-Suporte do guidão: MTB - aço carbono
-Movimento de direção: MTB
-Manopla: plástica
-Pedivela: tripla - 170MM
-Corrente: KMC - indexada
-Freio: V-Brake PLT
-Pedal: MTB com refletor
-Cubo dianteiro: aço
-Cubo traseiro: aço
-Aros: Caloi Alumínio 26"
-Pneus: 26"
-Selim: Caloi MTB SPORT em PU
-Canote do selim: alumínio Oversize
-Abraçadeira do selim: alumínio com Quick Release
-Alavanca de freio: suporte em plástico c/ manete de alumínio de alumínio p/ V-Brake
-Alavanca de câmbio: Grip System Caloi com regulador de esforço
-Câmbio dianteiro: Grip System Caloi Micro Index
-Câmbio traseiro: Grip System Caloi Indexado
-Cassete/roda livre: Roda livre de 7 velocidade
-Movimento central: 3 partes
-Número de marchas: 21 velocidade
-Diferencial: Quadro de alumínio
Garantias:
-Quadro até 2020
-Garfo rígido: 60 meses
PREÇO: R$ 499,00 (www.americanas.com.br)
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Cadeira de rodas M3 - Ortobrás
Especificações técnicas:
Cadeira tipo monobloco.
Encosto rígido.
Centro de gravidade com ajuste milimétrico.
Altura frontal e anterior ajustáveis.
Inclinação e altura do encosto ajustáveis.
Fechamento frontal do quadro.
Apoio de pé ajustável com regulagem de altura.
Fácil instalação de acessórios e opcionais.
Protetor de roupas escamoteável e ajustável.
Caster dianteiro com sistema de ajuste vertical.
Eixo transversal com buchas receptoras das rodas ajustáveis, permitindo o distanciamento ou aproximação das rodas em relação a estrutura da cadeira.
Cambagem opcional de 0º e 3º, podendo o usuário trocar de acordo com a sua preferência.
Cores exclusivas.
Sistema de crescimento para uso infantil item de série: sitema de propulsão dianteiro.
PREÇO: R$ 3.415,00 (www.cavenaghi.com.br)

CONCLUSÃO: NÃO FIQUEM "ALEIJADOS"

Esse eu dei o troco...

Estou pensando em voltar a dirigir (uia!), mas, para isso, preciso adquirir um carro com câmbio "tomátic", eis o início dos problemas!!!
Primeiro que é mais caro, depois eu tenho problema com quem e como colocarão minha cadeira "elétrica" no porta-malas (é pesaaaada), mais custos de adaptações (sou um Tetrão), e, por último, tirar minha nova habilitação. Tá complicado, né?
Vejam só, não bastando todas as condições citadas acima, fui numa concessionária ver valore$$$ de carros, de cara, um caminhão guincho parado na frente da vaga para "NÓIS" os "malacabados", pedi ao segurança que solicitasse ao digníssimo para tirar o caminhão dali, o mesmo disse que não iria chamar o motorista, bom, disse-lhe então que, eu iria colocar minha van (devidamente identificada com adesivo na frente e atrás) na entrada da loja e, que ninguém entraria ou sairia, até eu ter "minha" vaga desocupada...
Por sorte o "educadinho" do motorista apareceu e foi embora. Estacionamos, desci e fui atendido por uma loira chick! Logo veio um magrelo feio pra me atender, ocêis pricisava vê o atendimento do sujeito, numa vontade!!!
Tamém, imagina né, um "malacabado" numa cadeira de rodas, num deve di tê condição di comprá um tomóvel, né, não?
Fiquei indignado, mas, resolvi dar uma canseira no magrelo, perguntei preço de tudo quanto é carro naquela loja, fiz ele arrumar um "metro" e medir porta, porta-malas, altura de teto, minha altura na cadeira, só não mandei medir a ignorância dele.
Depois disso tudo, falei pra ele me passar tudo a limpo e me enviar por e-mail, ele tava pra chutar o balde, quando derrepente, apareceu o gerentão geral da concessionária, que por sinal, muito amigo meu!
Já chegou me chamando de Doutor e mandando o magrelo me atender da melhor maneira possível, ô dó!
Vocês precisavam ver a cara do magrelo, "cara de bunda". Até pensei em começar tudo de novo, mas, quer saber? Deixa pra lá.
Não vou comprar lá mesmo...
Fica aqui mais um relato de discriminação velada, essa pelo menos, dei uma judiada no idiota.

Por Adriano Garcia

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Desrespeito e discriminação velada

É incrível como as pessoas ainda ignoram a presença e às leis das Pessoas com Deficiência, dias atrás estive em uma loja de telefonia, queria apenas trocar meu velho aparelho celular, é aí que tudo começa, o que poderia ser uma simples e desenrolada ação passa a ser uma desgastante e tensa tentativa de ter os nossos direitos respeitados.
Acompanhado de minha esposa entramos na loja, ela pegou uma senha e fomos aguardar, pronto, eis um início de tudo para dar em nada. Um atendente vendo um cadeirante (eu) logo se aproximou e nos disse para que fossemos atendidos como sendo "especiais", pois bem, obrigado pela atenção.
No entanto, nossa senha nos dava o direito de sermos atendidos em 2º lugar, então, passou se 7 pessoas em minha frente quando chamei o atendente e disse-lhe: "prefiro minha senha normal, pois, já se passaram 7 e eu ainda estou aqui sem ser atendido, não entendi o significado de ser "especial".
O rapaz com certa boa vontade dirige-se ao guichê "atendimento preferencial" e diz ao atendente para nos atender, vejo quando o atendente faz sinal de negativo e sai, pois bem, o atendente dirige-se à outro atendente bem a minha frente e lhe pergunta se poderia me atender, o sujeito na maior falta de educação e respeito diz que o horário acabou e ele tava indo embora, como de fato o fez!
Nem preciso dizer que minha paciência estava por um fio, né?
Olhei para a gerente e a mesma percebendo a "cagada", insistia em ficar grudada ao celular, devia tá falando com São Pedro, pelo menos pedindo orientação de como sair dali sem ser chamada por mim, perda de tempo...
Como insistiu em nos ignorar, minha mulher foi lá e a chamou, eu logo disse: a senhora não deveria estar gerenciando a loja e o sistema de atendimento? "Sim, qual o problema?"
Expliquei tudo com muita calma, e, disse-lhe que quando um cadeirante entra numa loja, nem sempre ele pedirá esmola ou ajuda, às vezes queremos ser atendidos, só isso!
Com todo respeito que ela merece, a digníssima arrumou uma atendente para nos atender e, pasmém, foi atender outro cliente. Ora, se sabe atender, porque não nos atendeu logo?
Em fim, fui atendido, justiça seja feita, muito bem pela atendente Dayana. Fui embora com aquele sentimento horrível de discriminação velada, chegando em casa enviei um e-mail à ouvidoria da empresa relatando o absurdo, 10 dias depois me responderam, provavelmente, com uma resposta padrão, pois, não mencionava em nada o assunto da reclamação e nos agradecia pela preferência, é mole?
Nessas horas me vem à cabeça, se tivesse atendentes com Deficiência Física naquela loja, tenho certeza que todos os clientes, sem distinção, seriam muito bem atendidos.
Prestem atenção senhores empresários, há uma legião de gente competente querendo e precisando trabalhar, e, o fato de apresentarem alguma deficiência física não lhes tiram a competência e nem muito menos, a educação.
A loja em que eu estive e aconteceu essa presepada é a Loja da VIVO do Shopping Campo Grande.

Por Adriano Garcia

terça-feira, 23 de março de 2010

A Paulinha está internada!

Paz e Bem a todos!
Sou a Rafa, irmã da Paulinha e estou escrevendo, a pedido dela, para comunicar que
ela está internada com infecção urinária (muito comum entre tetraplégicos e paraplégicos).
previsão é de que fique em torno de 7 dias, mas depende da recuperação.

Peço a todos, por favor, que rezem pela minha irmãzinha... rezem sempre. A Paulinha é muito
forte e corajososa, graças ao Bom Deus que a sustenta a cada instante, mas não é fácil
suportar tudo que ela vem passando.

Muito obrigada pelo carinho e amizade que vocês tem por ela. Que o Bom Deus os abençoe sempre!
Logo ela estará de volta!

Rafa

segunda-feira, 22 de março de 2010

Empresas aéreas ignoram norma de acessibilidade

Aparelho elevatório para deficientes físicos está disponível em apenas 10 dos 67 aeroportos administrados pela Infraero. Segundo regra da Anac, companhias aéreas têm de disponibilizar elevador para cadeirantes quando o embarque é feito na pista

A tensão de uma viagem aérea para pessoas com deficiência física no Brasil, muitas vezes, pode atingir o seu pico antes mesmo da entrada no avião.
Ao contrário do que exige uma norma editada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) há três anos, 57 aeroportos administrados pela Infraero, de um total de 67, não têm plataformas elevatórias.
O equipamento é considerado o mais seguro para colocar as pessoas que usam cadeira de rodas ou estão em uma maca dentro de um avião. Eles são fundamentais quando a subida na aeronave precisa ser feita a partir do próprio pátio.
Vários aeroportos não têm pontes de embarque. Mesmo naqueles que possuem essas estruturas, os aviões podem parar na "posição remota" -longe do edifício de embarque.

Apenas dez aeroportos têm o chamado "ambulift", nome mais usado para o elevador. Os equipamentos estão em Brasília, Fortaleza, Goiânia, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Grande São Paulo (Congonhas e Guarulhos) e Uberlândia.

A norma, que passou a valer em 2008, diz que toda companhia aérea deve oferecer "veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos apropriados" quando o avião não estiver acoplado ao prédio do próprio aeroporto.

Nos pátios aeroportuários nacionais, entretanto, cenas que refletem a improvisação costumam ocorrer, indicando que não existe nem ambulift nem uma alternativa segura.

"Aqui em João Pessoa, para embarcar ou desembarcar, são necessários dois funcionários da companhia para levantar a cadeira [de rodas] e subir aquelas escadas. É muito desagradável", afirma Franswillame Oliveira da Silva, que há dois anos sofreu um acidente de moto e ficou paraplégico. Na capital da Paraíba, não existem pontes de embarque. Os aviões estacionam no próprio pátio.

A TAM diz que a quantidade de ambulifts é suficiente para atender à demanda. A empresa tem cinco aparelhos próprios. Nos demais casos, ela usa os da Infraero, que cobra, em média, R$ 100 por uso, diz a TAM.

A Gol, que não tem ambulift próprio, disse que tem pessoal treinado para superar qualquer tipo de obstáculo que possa existir no embarque ou no desembarque dos passageiros com necessidades especiais.

A norma da Anac também lista exigências para o passageiro. O consumidor especial, para ter um atendimento digno, precisa informar suas necessidades com 72 horas de antecedência ao embarque.

A agência reguladora registrou só 221 reclamações em 2009 relacionadas à acessibilidade em aeroportos. Menos de 1% do total. Por isso, a Anac recomenda que, após qualquer problema, os usuários devem formalizar suas reclamações nos balcões do órgão.

Fonte: Eduardo Geraque - Folha de S. Paulo - 2/03/2010




Após o acidente já viajei inúmeras vezes de avião e todas elas passei o "constrangimento" de ser carregado "escada acima" por funcionarios da infraero e comissários das empresas, no nosso AEROPORTO INTERNACIONAL  DE CAMPO GRANDE.

Conforme o que pode ser conferido no link abaixo, a ANAC aprovou a norma que nos garante o acesso "digno" às aeronaves.

Aí novamente eu pergunto: SE A LEI EXISTE, PORQUE NÃO É CUMPRIDA??!?

Binho 

http://www.anac.gov.br/portal/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=340&sid=365&tpl=printerview 

quarta-feira, 17 de março de 2010

Rede de cinemas é denunciada ao MPE por desrespeitar lei

Sem rampas para acessos a deficientes às poltronas, o Cinemark/ Campo Grande foi denunciado ao Ministério Publico Federal, pelo deputado estadual Paulo Duarte (PT).
O petista protocolou na manhã desta quarta-feira representação na Promotoria de Justiça da Cidadania de Campo Grande, por desrespeito à Lei da Acessibilidade.
Duarte segue na linha de outras ações movidas no País contra cinemas que dificultam a locomoção de quem depende de cadeira de rodas, principalmente.
A alegação é de que no interior das salas de projeção não há rampas ou elevadores, que permitam aos expectadores com deficiência assistir aos filmes com mais conforto.
“Os acessos aos locais mais elevados são constituídos de escadas, de modo que consumidores cadeirantes ou com mobilidade reduzida são obrigados a se acomodar num pequeno espaço da primeira fileira de poltronas. É a popularmente denominada ‘turma do gargarejo’, que tem extrema dificuldade e desconforto para assistir aos filmes e ler as legendas”, reforçou Paulo Duarte, em nota enviada à imprensa.
A apuração ficará sob responsabilidade da promotora Cristiane Barreto Nogueira Rizkallah.
A expectativa é que a rede seja comunicada inicialmente para a adequação do espaço na Capital e assim evite uma ação civil pública.
Segundo a promotora, a empresa terá prazo até o início do mês de abril para a empresa se pronunciar e apresentar uma solução. (Com informações da assessoria).
 
Fonte: Ângela Kempfer

domingo, 14 de março de 2010

Motoristas desrespeitam vagas especiais em todo o país

Na hora do flagra, desculpa é o que não falta. Pela lei federal, nas vias públicas, podem estacionar em vagas reservadas maiores de 60 anos, portadores de deficiência ou pessoas com mobilidade reduzida.
O Fantástico mostra um teste nacional do respeito às vagas de idosos e deficientes.
Veja em vídeo uma senhora parando em uma vaga de deficientes físicos e tentando fugir da câmera. Por que tantos brasileiros jovens e saudáveis param nessas vagas especiais?
O Fantástico percorreu estacionamentos de dez grandes cidades brasileiras. Em ruas e shoppings de todas as regiões do país, foram flagradas inúmeras cenas de pessoas saudáveis estacionando nessas vagas. O desrespeito foi visto de norte a sul. De Palmas, no Tocantins, a Maringá, no Paraná.
A operação começou em São Paulo. A equipe do Fantástico passou três horas no Centro e em um bairro da Zona Sul, de olho nos motoristas.
Pela Lei Federal, nas vias públicas, podem estacionar em vagas reservadas maiores de 60 anos e portadores de deficiência com dificuldade para se locomover. Ou ainda pessoas com mobilidade reduzida, como um obeso, por exemplo. Mas não é só ir parando na vaga. Cartões de identificação são obrigatórios em todo o território nacional. Eles são novos, começaram a ser distribuídos em janeiro.
A punição prevista é uma multa de R$ 53,20, três pontos na habilitação e remoção do veículo. Na hora do flagra, desculpa é o que não falta. Veja em vídeo as mais variadas explicações.
No Rio de Janeiro, uma mulher almoça tranquilamente parada em uma vaga de deficiente. A amiga, advogada, está ao volante e tenta se justificar. “São cinco minutos, o carro está ligado e minha amiga está aqui do lado. Eu acho que não atrapalhei ninguém”, diz a advogada Márcia Peixoto.
O brasileiro é egoísta? Olha, eu diria muito mais que isso. É mais uma malandragem do que egoísmo”, responde um pesquisador do comportamento brasileiro, o sociólogo Alberto Carlos Almeida. Ele diz que muitas pessoas colocam o interesse individual acima da lei: “Acaba que cada um faz a sua regra. Eu transformo o espaço público quase em uma coisa privada.”
O Fantástico estacionou em um shopping center em São Paulo, onde funciona uma academia de ginástica, no horário de bastante movimento. Carros de luxo param nas vagas de idosos, bem próximas à entrada da academia. Em três horas, oito flagrantes.
“Eu tenho dor na coluna terrível e eu faço o possível para ir para um lugar mais perto por causa da minha coluna”, explicou um motorista. E quando o Fantástico perguntou o nome, a motorista se alterou.
Fernando, paraplégico há 14 anos, já perdeu as contas de quantas vezes encontrou a vaga de deficiente ocupada nesse mesmo estacionamento. “No mínimo, umas 15, 20 vezes eu já tive problemas sérios assim. Já fui quase agredido uma vez”, contou o biólogo Fernando Bianchi.
“O problema é que não há punição em estacionamentos privados, como os dos shoppings. A gente não tem esse poder, não tem poder de polícia, de fiscalização, de multar”, disse o superintendente de shopping Guillermo Bloji.
O máximo que essas pessoas podem receber é uma multa moral, ou seja, um aviso dos vigilantes dos shoppings, informando que elas estão fazendo uma coisa errada.
Mesmo nas ruas, a infração às vezes passa em branco.
Nas cidades onde a distribuição do cartão de idosos ainda não começou, como São Paulo, os fiscais de trânsito só podem orientar os motoristas. Mas a punição para quem estaciona nas vagas de deficientes está valendo. Só em 2009 foram quase oito mil multas na capital paulista.
“Tem que mexer no bolso, doer no bolso para doer na consciencia”, diz Fernando Bianchi.
Falta também fiscalização. Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, contabilizou apenas sete multas por estacionamento irregular em todo o ano passado. Mas bastou uma tarde na porta de um banco para o Fantástico registrar seis flagrantes.
Um homem larga a porta do carro aberta e diz que estava com pressa. Dois motoristas ignoram a equipe do Fantástico. E o motoqueiro responde com deboche.
Campo Grande e São Paulo foram as capitais em que houve mais desrespeito. E Fortaleza,
em 2009, mais de 600 motoristas receberam multas por parar em vagas restritas na capital Ceará. Só que durante as três horas do teste do Fantástico, em três pontos da cidade, não foi registrada nenhuma infração.
Para combater os motoristas folgados, o importante, diz o sociólogo, é protestar. “A gente só fica reclamando : ah, isso aqui é Brasil, por isso que é assim. Não, a gente tem que ir lá e reclamar, realmente”, diz o sociólogo Alberto Carlos Almeida.
 

sábado, 13 de março de 2010

UMA FORÇA QUE MUITOS DESCONHECEM

Não sei se por excesso de desconhecimento ou por "malandragem", de muitas empresas que são obrigadas por lei à cumprirem cotas de emprego para Pessoas com Deficiência, as pessoas desconhecem a enormidade de profissões que nós "deficientes" exercemos. Nesta mesma situação, tem as cotas para negros nas universidades e, profissionalmente, não muda muita coisa.

E com isso, começam a limitar e a direcionar o que ou quais profissões podemos exercer, gente, acorda! Vamos "viver a vida" (essa foi boa, heim?), vamos atrás de trabalho, vamos nos capacitar, vamos exigir dos governos que falem menos e façam mais pela Inclusão Social e Profissional.

Eu conheço e já ouvi falar de "deficientes" trabalhando e exercendo diversas profissões, me dou o direito de citar a minha, sou Médico Veterinário e trabalho com vacas e bois, lá no campo, nos currais, nas pastagens e no escritório também, e, sou um tetraplégico. Ainda tem: Agrônomos, Zootecnistas, Advogados, Médicos, Dentistas, Contabilistas, Arquitetos, Engenheiros, Jornalistas, Professores, Psicólogos, Enfermeiros, Analistas de Sistemas, Economistas, esses e tantos outros com diversas deficiências tiveram a sorte de se formarem antes de uma lesão, mas, tem tantas outras que não deram essa sorte, porém, foram atrás do sonho e realizaram, mesmo sendo uma Pessoa com Deficiência. Agora ..... se formos contar as diversas profissões exercidas que não necessitam de "Diploma", a população irá se assustar.

Da mesma forma, a sociedade atrelada a valores culturais centenários, fizeram e fazem até os dias atuais a mesma discriminação com: os negros, com as mulheres, com os pobres, etc. Só que hoje em dia, devido às leis criadas pelo homem, as formas de discriminação são menos agressivas “publicamente”, mas, não menos latente e, tampouco, menos dolorosas para quem é discriminado.

Portanto, dêem oportunidades aos "deficientes", aos negros, às mulheres e vocês vão se surpreender, muitos precisam trabalhar sim e, acabam se sujeitando a qualquer emprego, por conta da necessidade, como acontece muito com pessoas "normais" que tem até diploma.

Não basta as empresas oferecerem empregos por força da lei, abram as vagas e as cabeças, descubram Pessoas com Deficiência, negros, etc, com dons e capacidades impressionantes, e, o mais importante, em qualquer profissão e em qualquer cargo.

Nós queremos e precisamos trabalhar sim, mas, queremos trabalho digno, compatível com nossas capacidades e limitações físicas e, principalmente, com uma remuneração honesta.

Aos "deficientes", aos negros, às mulheres, etc, digo o seguinte: SAIAM ÀS RUAS, MOSTREM A CARA, LUTEM POR UM MUNDO MELHOR E COM IGUALDADE. Não vamos ficar parados dependendo da justiça e esperando os governantes e os políticos fazerem algo, afinal, muito tempo já se passou, a justiça não tem sido justa e os governantes e políticos nada ou muito pouco fizeram, e, nós estamos deixando esse mesmo tempo passar também.

É difícil? É sim. Só que, ninguém, mas, ninguém tem o poder de superação que nós, Pessoas com Deficiência, a quem carinhosamente e bem humorado, eu denomino de "malacabados", tem. A nossa luta pela vida, pelos filhos, pela família é tão intensa, por que então não lutarmos pelo trabalho? Os números não mentem à nosso respeito, somos uma enorme população dentro da população desse Estado, afinal, são mais de 300.000 pessoas com algum tipo de deficiência (IBGE-2000).

Não somos os únicos a sentir o gosto amargo da discriminação, somam-se a nós: os negros, as mulheres e até os honestos, vejam o tamanho dessa população. No entanto, não vemos negros elegerem negros, não vemos mulheres elegerem mulheres e, da mesma forma, não vemos pessoas com deficiência elegerem pessoas com deficiência. Isto é fato. E aí? Vamos lutar por cotas nas Assembleias e Câmaras? Onde todas deverão ter 10% de “deficientes”, 20% de negros, 30% de mulheres, etc... Seria uma ótima ideia, mas, ainda muito utópica para o nosso sistema eleitoral atual.

Vamos repensar os conceitos de classes, vamos analisar com frieza e responsabilidade quem é que devemos eleger à um cargo no Poder Público, quem é realmente que vai defender e olhar pelas nossas classes e nossas causas. Será que temos menos capacidade de produzir?

Não! O que não temos é vontade de nos unir e, por consequência, temos preguiça, somos acomodados. No fundo, acho até, que gostamos de ver políticos poderosos e corruptos. Chega, né?!

Já imaginaram o tamanho da nossa força e, mais ainda, do poder e da responsabilidade que podemos assumir com os nossos?

Pensem...

Ainda temos tempo, às eleições são em outubro. Renovação, é nossa única arma contra a corrupção e a falta de vergonha que assolam a grande maioria dos políticos.

Por Adriano Garcia

segunda-feira, 8 de março de 2010

Não podemos ter medo de viver!

Nós, pessoas com deficiência, vivemos lutando para termos um espaço digno em nossa sociedade, afinal, somos filhos dessa sociedade, por que então essa discriminação?
As pessoas que nos veem diferente? Ou nós é que fazemos questão de sermos diferentes? Nossa luta caminha rumo a ter os direitos reconhecidos e respeitados, e, se ao invés dessa forma de luta, que na verdade, são poucos os que efetivamente lutam, nós começarmos por a cara nas ruas, nos shoppings, nos cinemas, nas baladas, nos bares, etc.
Vamos nos fazer ser vistos, quem sabe assim as pessoas também se acostumarão com nossa presença, começarão a ter consciência e a respeitar mais as ditas "diferenças".
Vamos batalhar pela igualdade, fazer com que nos vejam e respeitem as leis da acessibilidade, mas, para isso, temos que ser vistos!
Saiam de casa, venham para a vida, vamos ser vistos, vamos nos mostrar, é o único jeito de sermos felizes...
De nada adiantará exigirmos Inclusão Social se não nos incluirmos, de nada adiantará reclamar de Exclusão Profissional se não batermos às portas e mostrar do que somos capazes.
O nosso "melhor" mundo depende da gente também.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Aleijadinho e o Poodle

Em tempos de eleições nós os "malacabados" temos que ficar espertos, gente, nessa época nós parecemos aqueles poodlezinhos de madame, só que, é de políticos. Isso mesmo, todo candidato quer ter um "aleijadinho" do lado.
Passamos durante 2 ou 3 anos sem nem se quer, ouvir a palavra Acessibilidade, mas, quando entramos em ano eleitoral, "todo candidato" é sensível à nossa causa! Bonito, né, não!
Fico inté emocionado!!!
Tava no twitter hoje à tarde e acreditem, um deputado estadual disse que juntamente com outro dep. estadual, entregaram 01 (uma), genteeee, uma (01) cadeira de rodas para um vereador de Bodoquena-MS.
Não é de comover???
É muita cara-de-pau né, não?
Abram os olhos nestas eleições, vamos nos unir e mostrar a força dos "malacabados", não podemos ser tão pacatos e ficar esperando atitudes como a desses deputados.
Acorda Acessibilidade!!!!!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Adesivos Especiais para Idosos e Pessoas com Deficiência

Idosos e deficientes físicos terão facilidade para estacionar em vagas preferenciais.
Os adesivos especiais estão sendo substituídos por carteiras e com um detalhe: elas valem em todo o país.

Veja o que fazer para ter direito a este benefício.

O Conselho Nacional de Trânsito decidiu disciplinar o uso das vagas especiais em todo país. A partir de agora só podem estacionar nesses locais pessoas cadastradas e identificadas.
Até então o idoso ou as pessoas com deficiência precisavam de um adesivo no carro para poder parar na vaga especial. A nova documentação acaba com essa exigência. Não importa de quem seja o veículo ou quem esteja dirigindo. Basta deixar a credencial a vista no painel e estacionar.
A mudança vai ser feita aos poucos. Os adesivos continuam valendo.
O cadastramento é feito no órgão de trânsito de cada cidade. É preciso apresentar cópias e originais de carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. No caso dos pessoas com deficiência física, é exigido ainda um laudo médico emitido pelo Sistema Único de Saúde.
“Em qualquer lugar do país, não importa. Onde quer que ele esteja, estará indicado como pessoa idosa ou preferencial para aquela vaga exclusiva para o segmento”, explica José Antônio Pajeú, assessor jurídico da companhia de trânsito de Recife.
A mudança foi recebida com entusiasmo. Idosos e pessoas com deficiência esperam agora ter seus direitos respeitados. “Identifica as pessoas que têm necessidade para encontrar um lugar para estacionar. Muito importante, muito bom”, fala João Alfredo Gomes, aposentado.

 
Fonte: Portal Mara Gabrilli

Fisiologia dos Órgãos Genitais - Masculino

Emissão
A emissão consiste na formação do esperma. Este é composto por espermatozóides e por líquidos produzidos pelas vesículas seminais e próstata. Tais líquidos constituem o meio para a sobrevivência dos espermatozóides. É comandada pelo centro situado em T11-L2.

Ejaculação
A ejaculação é a expulsão do esperma através da uretra. Para que isto ocorra, são necessárias contrações de grupos músculares da região pélvica. Neste momento, o esfincter se fecha ou permanece fechado, para que o esperma siga para fora do corpo e não entre em contato com a urina. Tais comandos se dão pelos centros medulares T11-L2 e S2, S3 e S4.
Emissão e Ejaculação - Lesão Medular

A emissão e a ejaculação estão muito mais comprometidas do que a ereção. Na lesão medular, é muito mais comum a presença da ereção do que a da emissão e ejaculação.

Em lesões acima de T11, tanto os centros medulares da emissão como o da ejaculação estão preservados. Desta forma, chegaríamos à conclusão de que tanto a emissão como a ejaculação não sofreriam nenhum tipo de alteração, mas ambas sofrem uma disfunção de funcionamento, o que muitas vezes leva à uma baixa qualidade do esperma. Alguns fatores contribuem para esta baixa, como ausencias de ejaculação, aumento da temperatura das regiões dos testículos, infecções urinárias frequentes, que se espalham até atingir os canais deferentes, provocando cicatrizes e dificultando a passagem dos espermatozóides.

No momento da ejaculação, o processo correto consiste em fechamento do esfincter ou permanecer fechado, para que o esperma siga o caminho para fora do corpo. A falta de sincronismo neste momento leva à ejaculação retrógrada, ou seja, no momento da ejaculação, o esfincter não se fecha totalmente ou não permanece fechado, fazendo com que parte do esperma ou sua totalidade siga para a bexiga. Os espermatozóides, depois de alguns minutos em contato com a urina, acabam morrendo, pois ela não se constitue em um meio apropriado para a sobrevivência dos mesmos. Isto não causa mal algum. Quando a pessoa urinar, o esperma sairá juntamente com a urina, deixando-a turva, caracterizando um dos sintomas de infecção urinária. Na dúvida, deverá ser feito um exame de urina para constatar se há ou não infecção.
Métodos para Obtenção e/ou Melhora da Emissão e da Ejaculação

Com o uso de um aparelho vibrador, escostado na glande próximo ao freio, a emissão e ejaculação podem ocorrer. Esta intensa vibração serão estímulos que chegarão até a medula, provocando a ereção e uma possível ejaculação. Se este processo for feito com o intuíto de reprodução, o esperma pode ser colocado em um recipiente estéril e posteriormente, com o uso de uma seringa, recolher o esperma e injetá-lo na vagina. Esta é uma inseminação artificial caseira, com pouco custo. Este esperma também poderá ser levado à um laboratório, afim de fazer uma inseminação artificial laboratorial.
Este método só poderá trazer sucesso em casos onde o arco reflexo esteja presente.
A estimulação elétrica poderá ser utilizada em qualquer tipo de lesão. O processo consiste em introduzir ao ânus um estimulador elétrico, até que chegue a região próxima a próstata. Estes estímulos provocarão a ejaculação. O esperma será recolhido para futura inseminação artificial. Tal processo deverá ser feito em local adequado, como consultórios médicos, clínicas ou hospitais, sempre sob supervisão de médico especialista em disfunção sexual em lesão medular.
Os espermatozóides também podem ser recolhidos diretamente dos testículos, através de seringa ou por uma especie de biópsia, retirando uma mínima porção.
Ao voltar ejacular, depois de tempos prolongados de ausencia, o esperma terá uma coloração escuro e pouca densidade. A medida em que as ejaculações forem ocorrendo, o esperma começará a adquirir coloração mais clara e maior densidade, até chegar aos padrões normais, caracterizando um esperma de boa qualidade.

Fonte: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/3305

terça-feira, 2 de março de 2010

Parque dos Poderes, Acessibilidade zero!!!

Essa manhã tive que comparecer a um setor da Secretaria Estadual da Fazenda, para minha surpresa, já foi difícil de achar, pois, está escondida dentro do Parque dos Poderes, depois de uns 15 minutos rodando que nem que um "bobo", finalmente achamos, ufa!
Bom, aí começou o problema, a vaga do estacionamento para cadeirantes, estava "meio" ocupada, vamos lá, demos um jeitinho e desci do "autumóvi", para chegar a sala do "seu fulano" que eu teria que ir, outra surpresa, tudo degraus, por sorte, o "malacabado" que vos fala é bão di manobra em "cadeira elétrica"....rsrsrs, fui beirando uma canaleta, que se eu descuidasse, "fio" ia sê um tombo daqueles!
Mas, enfim, cheguei...... o"homi" que marcou comigo num tava lá!
Fiquei mais de 2 horas esperando, aí chegou um outro, que me atendeu, mas eu vou ter que retornar lá, e, começar tudo de novo....
Ah! A tal Lei da Acessibilidade, passa longe, muito longe do Parque dos Poderes! E lá é que tinha que ter!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

O que passa na cabeça de alguns fisioterapeutas?

Sou um tetraplégico e no início da minha vida de "malacabado", como diz nosso amigo Jairo Marques http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/ , algumas fisioterapeutas insistiam em obrigar-me à fazer exercícios abdominais, gente! Pra que?
Um tetraplégico não tem o tônus muscular no abdomem, daí que, não adianta ficar naquele puxa e desce, puxa e desce, que "nóis num guenta".
Além do mais, ficamos pagando pra danada da fisio fazer uma "cadimia" grátis, às custa do tetrão. Se ela falar que vai ser bom para os braços, ótimo, vamos nessa, mas, pra barriguinha? Não vai virá!
Se nós "tetrão", não temos o tônus muscular nessa região tão peculiar sexualmente falando, não tem exercício no mundo que vai endurecer ou diminuir nossas barriguinhas, o que precisamos ter mesmo, é uma dieta saudável e, logicamente, exercícios regulares para mantermos nossas articulações com a maior integridade possível.
A fisioterapia é importante na vida de qualquer lesado medular, mas, tem que ser direcionada e responsável, portanto, "tetrões", se a fisio vier com essa história de abdominais, cuidado, pois, elas ou eles estarão se exercitando às nossas custas.
Quer diminuir a barriguinha? Dieta saudável sempre.
Não se esqueçam dos exercícios de alongamento e estimulação das articulações, isso sim, é extremamente importante pra "nóis".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A luta pelo respeito e dignidade

Telma Nantes, a professora com deficiência visual que passou em concurso público da prefeitura de Campo Grande, continua lutando pelos seus direitos, o de assumir a vaga para qual foi aprovada.
Esclarecendo um detalhe que a imprensa noticiou de maneira equivocada, a Telma passou em 1º lugar no Concurso, mas, foi em 1º lugar no geral e, não, em 1º lugar entre as vagas para as Pessoas com Deficiência. Só isso, já mostra a capacidade e competência da Telma, que é Pedagoga e vice-presidente de entidade nacional para cegos, é também, dirigente do ISMAC - Instituto Sul-mato-grossense para Cegos.
“Como educadora, entendo que a educação infantil exige o cuidar e o educar de crianças desde o berçário até 5 anos. A professora não teria condições”, disse Maria Cecília Amêndola, Secretária Municipal de Educação, ou seja, a Telma já tem um pré-julgamento decidido pela equipe multidisciplinar e endossado pela Secretaria Municipal de Educação, simplesmente, lamentável.
A luta pela Acessibilidade além de parecer sem fim, ela é usada e manipulada conforme interesses políticos, no final de 2007, o então Prefeito Nelson Trad Filho, visionando as eleições municipais, criou a Coordenadoria da Acessibilidade, na qual o Binho, um tetraplégico, seria o coordenador, pois bem, essa coordenadoria só teve a solenidade da posse, logicamente, com a presença da imprensa. O Binho nunca chegou a ter se quer, um local para trabalhar, isso é o que o Prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB) fez de melhor em sua gestão para nós, Pessoas com Deficiência.
O respeito, a dignidade, as leis, a Constituição Nacional, foram amplamente jogadas ao nada, o que nos sobrou foi a pura arte covarde da discriminação, que mais uma vez, se mostra latente na gestão do senhor Nelson Trad Filho.
Prefeito, assuma uma posição no caso da professora e pedagoga Telma Nantes, ou o senhor deixará cair em mais um descaso para com as Pessoas com Deficiência? Como deixou a Coordenadoria da Acessibilidade!
Toda luta que travamos para com o respeito às leis, simplesmente é desrespeitada por pessoas que, teóricamente, deveriam ser "conscientes", no entanto, ainda vemos algumas barbaridades, como: Telma Nantes, quando teve que ser entrevistada pela equipe multidisciplinar da Secretaria de Educação, foi surpreendida pelas risadas de um médico que teria dito: “Como você pensa que vai ensinar desse jeito?”.
Enquanto em cidades paulistas existem professores portadores de deficiência visual, em Campo Grande, a profissional foi considerada inapta por não ter condições de corrigir cadernos e provas.
“Ao inscrever no concurso o candidato toma ciência que passara pela comissão de avaliação. Esta avaliação é aplicada em todos os concursos. As regras do concurso estão publicadas no suplemento do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), do dia 03.11.2009. A Prefeitura de Campo Grande segue a Lei Federal de 3.299 de 20 de dezembro de 1999”.
Pois é, viver com um problema físico não é tão difícil para nós, afinal, nos superamos a cada dia, o problema está nos deficientes de consciência e de respeito, estes sim, são uma barreira ainda intransponível para a Inclusão Social, Profissional e para nossa tão sonhada ACESSIBILIDADE.
Como um cadeirante, tetraplégico e solidário a Telma, em relação a "risadinha" do tal médico, deixo um ditado popular: "O maior cego é aquele que não quer enxergar".
Deixo também um alerta aos nossos políticos: Em 03 de outubro de 2010, os cegos enxergarão e os aleijados andarão até as urnas!
Desprezam nossas capacidades, mas, cuidado com nossos votos!